RESGATANDO AS ORIGENS

RESGATANDO AS ORIGENS

Manoel Lopes

“Prezado amigo Nitrix.
Encaminho texto que disponibilizei em meu site – Saravá Umbanda – htttp://saravaumbanda.cjb.net, em 1999.
Acredito que desta forma poderei contribuir para o estudo da história da Umbanda; desejo a você muito sucesso na empreitada. Do amigo, Manoel Lopes”

No mês de Março de 1999 , soubemos através da Lista de Umbanda que um grupo de pessoas se deslocaria de Curitiba para o Rio de Janeiro.
Esse grupo formado por integrantes do Terreiro Pai Maneco , tinha unicamente a intenção de resgatar a verdadeira historia de nossa querida Umbanda.
Eder um dos participantes do grupo assim nos comunicou:”Informo aos irmãos que eu e a Lucilia iremos ao Rio de Janeiro este mês para conversarmos com a D. Zilméa, filha do Pai Zelio de Moraes, fundador da primeira Casa de Umbanda. Teremos muito o que aprender com essa humilde senhora. Gostaria de deixar aberto a todos os irmãos para nos enviarem perguntas ou mensagens para serem transmitidas no encontro.”
Na foto abaixo vemos os integrantes do grupo:
Em pé: Gustavo, Lucilia, Lourenço. Sentados: Camila, D. Zélia, D. Zilméia e Eder


Dona Zélia e Dona Zilméia , são filhas do Zélio de Moraes, fundador da primeira Tenda de Umbanda.

 

Nosso irmão Eder mantendo contato com nossa Lista de Umbanda assim comentava:”Ontem conversei pelo telefone com a filha do Pai Zélio de Moraes, fundador da primeira Tenda de Umbanda, pessoa encantadora que com seus 84 anos ainda luta para que a Umbanda seja desmistificada e que os Terreiros possam ter bom senso e credibilidade, cresci muito conversando com ela. Nós do Terreiro Pai Maneco estaremos empenhados para manter este intercambio e não deixar a memória do seu pai morrer, o que já está acontecendo. Poucos se lembram deste homem que fundou a nossa religião e que precisa ser respeitado.”

 


Zélio de Moraes nasceu dia 14/04/1891 e desencarnou dia 03/9/1975, através da mediunidade de Zélio é que o Caboclo das Sete Encruzilhadas iniciou o movimento Umbandista ,como relatado nas paginas de nossa Home Page.

O Caboclo das Sete Encruzilhadas ,que comumente era chamado “O Chefe” pelos seus adeptos , nunca permitiu que seu médium recebesse um centavo que fosse pelos trabalhos espirituais. Zélio nunca exerceu a mediunidade como profissão.Trabalhava para sustentar a família e muitas vezes para manter as Tendas fundadas pelo “Chefe”.
Vemos abaixo uma foto do quadro do Caboclo das Sete Encruzilhadas, pintado por processo mediunico.


Em 1967 , após 59 anos de atividade junto a Tenda Nossa Senhora da Piedade, Zélio entregou a direção dos trabalhos às suas filhas Zélia e Zilméia e passou a viver em “Boca do Mato” (localidade do Município de Cachoeiras de Macacu, a 160 quilometros do Rio de Janeiro) ao lado de sua esposa Dona Isabel (desencarnada em 1981), médium do Caboclo Roxo. Nesse recanto, privilegiado da natureza, continuou a atender os necessitados do corpo e da alma, na Cabana de Pai Antonio.

 

Na foto acima parte externa da Cabana de Pai Antonio, Eder e Camila.


Atualmente Dona Zilméia é quem dirige o grupo que inicialmente era na Tenda Nossa Senhora da Piedade.
As filhas de Zélio continuaram a Tenda Nossa Senhora da Piedade, mas depois que o marido de Dona Zelia faleceu ela foi morar em “Boca do Mato”,onde fica a Cabana de Pai Antonio e Dona Zilméia continuou dirigindo a Tenda Nossa Senhora da Piedade.
Na sequência fotos dos Trabalhos realizados na Cabana de Pai Antonio:


Congá da Cabana de Pai Antonio


Caboclo 7 Flechas firmando um trabalho


Foto de D. Zélia incorporada com o Caboclo Sete Flexas e ao lado direito D. Zilméia


Caboclo 7 Flexas saudando o Congá e D. Zilmeia acendendo os pontos


Foto da Sra. mais velha da tenda, ela nao sabe direito a idade que possui, foi uma das primeiras Ogãs


Foto dos pontos das 7 linhas de Umbanda. Chama-se Mesa de Umbanda


Para finalizar , nossos parabéns a todos os participantes do Terreiro Pai Maneco , especialmente ao seu dirigente Sr. Fernando , Lucilia , Eder pela dedicação e amor a nossa querida Umbanda.
Tenham a certeza que de minha parte não deixarei a memória de Zelio de Moraes morrer.

SARAVÁ CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS!
SARAVÁ UMBANDA!

Obs.: Este texto foi escrito em 1999 e navegando pela Internet localizamos no link http://www.geocities.ws/nitrixbr/ensaio21.html

São Vicente,31/03/2018

Manoel Lopes

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