Os Sete Dias da Criação

Foi numa noite chuvosa em que estava descansando e fui inesperadamente tragado por forças espirituais que me levaram ao encontro de meu mestre espiritual.

Foi uma grande oportunidade para esclarecer algumas dúvidas e aproveitei  para fazer algumas perguntas sobre a vida e a criação divina.

Estava a conversar com ele e perguntei:

O que pode dizer sobre a criação do mundo?

 

Ele me olhou atentamente, um olhar sereno, intenso, que invadiu minha alma e respondeu com a voz baixa e firme:

Vamos falar sobre a criação do planeta Azul.

No principio era somente a escuridão, tudo era vazio.

E num momento seguinte a luz, o calor e o fogo!

Este foi o primeiro dia da criação.

Suas palavras ressoaram em minha mente e se transformaram imediatamente em imagens e claramente pude enxergar e sentir aquele momento inicial, do contraste das cores vermelho e preto, do fogo e das trevas.

Voltei minha atenção para ele novamente.

Depois  a matéria tomou forma, sólida e fria; e do fogo veio a terra, as rochas.

Este foi o segundo dia da criação.

Cada coisa foi para seu lugar, a lei da gravidade se fez presente e a superfície do planeta foi aos poucos se solidificando e formas e contornos diversos foram aparecendo.

Eu o ouvia atentamente; sua voz, calma e firme, me transportava para aquele momento da criação, é como se minha alma estivesse sobrevoando e observando aquelas alterações no exato momento em que aconteciam.

Minha mente se transformava como a tela de um cinema, e as imagens iam se formando.

Neste momento, pude ver claramente formas marrons escuras e vermelhas brilhantes, como lavas de um vulcão.

 

 

Ele continuou…

Na sequência se formou o Ar!

O vento forte, as tempestades, o som se fez ouvir sobre a superfície do planeta.

Raios e tempestades riscavam o céu negro e se destacavam naquele ambiente denso e escuro.

Este foi o terceiro dia da criação.

E não parou por aí, afirmou ele com a voz firme.

A Atmosfera ao redor do planeta estava pronta e começou a chover.

Foi neste quarto dia da criação que a água brotou do céu em milhares de  gotas cintilantes que refletiam a luz das estrelas.

E foi neste lindo dia, bem úmido, quente e  iluminado que a vida brotou das entranhas do mar primordial.

E não parou aí.

E no quinto dia as matas romperam das entranhas da terra úmida e  fértil, as raízes trincavam as rochas e arvores enormes se formavam.

Este foi o quinto dia da criação, onde as flores surgiram para encantar e as frutas saciarem a fome dos primeiros seres que viviam nas matas.

Da água para  a terra sólida, os primeiros seres caminharam neste planeta, eram os repteis.

A  criação não parou no quinto dia.

Do meio das matas, dos animais, das frutas, das tempestades e das chuvas fortes se levanta sobre duas pernas o SER HUMANO.

Foi no sexto dia, que o nosso antepassado primordial se ergueu e olhou para as estrelas.

E quando chegou o sétimo dia da criação, o Criador viu que sua obra estava pronta e descansou.

 

 

Ele olhou para mim, com um olhar firme para confirmar que o planeta já estava pronto, mas exclamou:

O criador parou de criar a matéria, mas não poderia deixar de cuidar do local de retorno de todas aquelas almas encarnadas.

E foi no sétimo dia, que o criador não criou mais nada material  em nosso mundo.

Ele somente ficou a observar as almas que retornavam para o reino das almas.

Cada alma com seu brilho nos olhos, agora eram seres iluminados pela razão e pela inteligência.

Homens que brotaram da terra e almas que desceram das estrelas.

Finalizando a nossa conversa, ele olhou para mim e disse:

E foi desta forma que a LEI se revelou aos homens meu filho.

 

No primeiro dia o fogo

No segundo dia a Terra

No terceiro dia o Ar

No quarto dia a Água

No quinto dia as Matas

No sexto dia os Homens

E no sétimo dia as Almas

 

Esta é a maior de todas as leis, é uma lei universal, uma lei da umbanda!

 

São Vicente, 05/10/2017

Manoel Lopes

 

 

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